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Lideranças do funcionalismo consideram convocação de quarta reunião da mesa negocial “um erro”

O SindCVM e outras 20 entidades do serviço público saíram descontentes da quarta reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) com o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI). Em encontro nesta terça-feira, 29 de agosto, o governo não apresentou proposta oficial de recomposição remuneratória.

Durante a audiência, o secretário de Relações de Trabalho do MGI, José Lopes Feijóo, informou que o governo possui atualmente uma reserva de R$ 1,5 bilhão para o reajuste de remunerações e de benefícios em 2024. O montante representaria uma recomposição de, no máximo, 1% no próximo exercício. Feijóo afirmou, ainda, que a pasta trabalha para conseguir mais espaço no orçamento com vistas ao reajuste. As lideranças presentes cobraram o empenho do Executivo neste sentido, haja vista a defasagem salarial acumulada nos últimos anos.

Conforme destaca o presidente do SindCVM, Oswaldo Molarino Filho, a repercussão entre as representações do funcionalismo foi “péssima”. Os presentes avaliaram como “um erro” a convocação de reunião para “anunciar 1% diante de perdas de, pelo menos, 30% nos salários”. O presidente do Fonacate, Rudinei Marques, afirmou que as entidades entendem a dinâmica das negociações, mas que é necessário um diálogo mais efetivo com o setor público.

Quanto às Mesas Específicas, o secretário de Gestão de Pessoas do MGI, José Celso Cardoso Jr., informou que as duas primeiras a serem instaladas, das áreas da educação e segurança pública, foram agendadas para a primeira quinzena de setembro. De acordo com ele, as mesas setoriais de cada carreira serão instaladas, uma por semana, até o fim de dezembro. A previsão é de que até novembro a reestruturação das carreiras do Sistema Financeiro Nacional seja discutida.