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Servidores da CVM confirmam disposição ao recrudescimento da luta

Visando aferir o clima organizacional no que diz respeito à mobilização em prol da valorização das carreiras, o SindCVM realizou uma pesquisa junto aos servidores, de 22 de fevereiro a 1º de março. No total, 165 pessoas responderam à enquete com oito perguntas. O resultado confirma o comprometimento do corpo funcional com a luta pela correção de assimetrias remuneratórias com carreiras correlatas, reestruturação de cargos e fortalecimento da Autarquia.

Quando perguntados sobre a disposição para integrar a mobilização, inclusive com adesão à greve, 94% dos entrevistados responderam que “sim”. Índice similar à disposição registrada na pergunta sobre a disposição para entrega de cargos e compromisso de não assunção: 92,7%.

Sobre a necessidade do acirramento da mobilização, com intensificação da operação padrão e realização de paralisações e greve, 98,8% entendem que são “medidas necessárias para garantir avanços nas negociações com o governo”. O mesmo percentual disse acreditar que a mobilizações mais intensas em outras carreiras podem “abrir espaço para negociações diferenciadas que tendem a acentuar assimetrias”, enquanto 97,6% afirmaram que esses movimentos também impactaram o avanço das negociações de forma diferenciada.

Perguntados sobre a pauta apresentada ao MGI, — a fusão das carreiras do nível superior da CVM, modificando a nomenclatura para Auditor do Mercado de Capitais ; a exigência de nível superior para o cargo de agente executivo da CVM ; a retribuição por produtividade aos servidores da CVM; a equiparação remuneratória dos Agentes Executivos com Técnicos do Bacen com a tabela dos servidores do Banco Central; o cumprimento do acordo entre o MGI e o sindicato quanto ao reposicionamento do cargo de auxiliar de serviços gerais da CVM e a paridade de remuneração com os seus pares de nível intermediário da Superintendência de Seguros Privados (Susep) —, 98,2% dos entrevistados confirmaram apoio.

Outro dado que chama a atenção é a intenção dos servidores em buscarem postos mais valorizados na Administração Pública; 38,8% responderam que “pensam em prestar concurso para outro órgão/instituição”. A informação confirma o alerta que o Sindicato vem fazendo à Autarquia sobre o crescente risco de evasão dos quadros mais qualificados frente à desvalorização das carreiras.